A história da fotografia, Por Ana Monteiro...



Por Ana Monteiro... 
"A palavra fotografia é codificada como o acto de escrever ou desenhar com luz mas por detrás desta definição existe uma grande história...

A fotografia nasceu porque existia uma necessidade por parte homem a de fixar imagens quer seja objectos e paisagens, animais ou pessoas sendo estes representados o mais fiel possível.
Assim, o homem começou a representar os seus hieróglifos e a efectuar pintura realista considerando-os como duas maneiras de expressar e representar a realidade. Esta iniciação da representação já faz parte da evolução do processo fotográfico.

A primeira câmara escura, palavra oriunda do latim “camera obscura” foi inventada no início do século XVI por um sábio napolitano J.B. Porta (1541-1615) e a sua invenção segundo os historiadores deve-se a várias pessoas entre eles encontra-se o pintor Italiano Leonardo da Vinci (1452-1519). Esta era composta por uma sala ou caixa mantida na obscuridade e continha um furo específico e pequeno projectando numa das paredes do cômodo a imagem do que estava à sua frente, mas de forma invertida dos objectos exteriores. Introduziu também no orifício uma lente convergente concluindo que as imagens se tornavam mais claras e nítidas.

“O olho artificial” expressão utilizada pelo pintor Italiano Leonardo da Vinci para designar a câmara escura estava assim concluída e criada.
A partir daqui esta câmara tornou-se num elemento fundamental para os artistas como um auxiliar do desenho.

Em 1821 Sir Humpnrey Davy. Wedgwood descreveu que a primeiras tentativa para fixar uma imagem por acção da luz foi feita por Thomas Wedgwood o qual utilizava o papel ou o couro impregnados com uma solução de nitrato de prata e posteriormente eram impressionados por acção da luz. Através deste método a imagem não se mantinha indefinidamente porque não conseguiu maneira de insensibilizar a solução e o processo de fixação da imagem.
Mais tarde, descobriu-se que para obter uma fotografia impressa em papel seria uma questão de física isto é, esta descoberta deveu-se ao físico alemão Johanh Sculze (1765-1833) provando que quando a luz escurecia os sais de prata, mas não iria obter a fotografia.

A seguinte descoberta e o grande passo devem-se a J. N. Niépce que já em 1816 já tinha referido que a substância sensível à luz e o betume de judeia e seguidamente a imagem era revelada por imersão em óleo de lavanda.

Mas, só em 1824 é que Nicé-Phone Nièpce conseguiu descobrir o método para obter um resultado decisivo. Contudo, o processo inventado ainda era muito primário.
Posteriormente a primeira fotografia tirada que se conhece no mundo é de autoria de um físico francês Josefh Nicephore Niepce (1765-1833). Este físico e inventor investigou o processo reprodutivo obtendo deste modo a primeira fotografia tirada em 1826 e retracta uma varanda. Esta foto esteve desaparecida durante um tempo e simplesmente em 1952 é que foi encontrada num cofre.

O francês, pintor e coreógrafo Louis Jacques Mandé Daguerre e Niépce juntos, desenvolveram o processo de fixar as imagens do mundo real através de uma placa de metal polido, constituída por uma idêntica utilização como a câmara escura, denominada daguerreótipo e criada em 1837. A substância sensível à luz era o iodeto de prata concebido numa chapa de prata exposta a vapores de iodo. Seguidamente, a chapa depois de exposta, era revelada por vapores de mercúrio e fixada pelo hipossulfito de sódio. Esta invenção teve uma grande importância história e nessa altura tornou-se num meio bastante eficaz mas, ao mesmo tempo criou-se uma reacção nas artes plásticas porque este registo do real fornecia subsídios técnicos para o desenvolvimento da imagem em movimento facto impossível para os artistas sem o uso desta técnica. Assim, esta nova invenção espalhou-se rapidamente por todos os países mas o processo ainda tinha que se aperfeiçoar mais, porque, para tirar uma foto as pessoas teriam que permanecer imóveis durante alguns minutos. Este aspecto negativo foi superado no ano de 1841 por Claudet que descobriu substâncias químicas que reduziam o tempo de pose, obtendo assim maior velocidade e a redução do tempo de espera.
Começaram também e introduzir nas máquinas fotográficas, lentes, que davam uma imagem com uma maior iluminação e aperfeiçoaram as chapas tornando-as mais sensíveis.
Assim, a perfeição e a exactidão da fotografia sobre a realidade reunia numa única imagem o fascínio de tudo e de todos sendo estas comparadas com a pintura , com o desenho e com a gravura.

Os artistas plásticos perante este acontecimento manifestavam-se com temor visto que eles captavam a realidade através da utilização de traços firmes, cores definidas e obediência das leis da perspectiva. 
O pintor Paul Delaroshe neta fase afirmou “A pintura de hoje em diante está morta.”
Apesar de tudo nem todos os artistas estavam de acordo com esta afirmação afirmando como por exemplo Jacques Lassaigne diz “Deste el primer momento se consideró la fotografia como extraordinário medio de investigación posto a disposición de los pintores.”

Em 1839 Talbot introduziu um papel sensibilizado com cloreto de prata, conseguindo assim, um negativo a partir do qual obteria o positivo.
Para fixar utilizava hipossulfito de sódio que fora descoberto por Herschel.

No ano de 1847 Abel Niépce e St. Victor inventaram uma chapa fotográfica de vidro coberta por albumina que era superior ao calotipo. A chapa era de vidro era sensibilizada por uma emulsão de iodeto de prata em clara de ovo.

. Scott Archer em 1851 descobre o processo do colódio, com o qual se cobria a chapa de vidro e se dissolvia iodeto de potássio. Após este elemento ter surgido o daguerreotipo e o calotipo caíram em desuso.

Esta nova técnica foi novamente aperfeiçoada por B. J. Sayce e W. B. Bolton em 1864 onde prepararam chapas de brometo de prata em suspensão em colódio. Este produto foi lançado no mercado em 1867 e em 1871 R. Leach Maddox e Benett substitui esta substância por uma chapa de gelatina-brometo e a sua sensibilização. Até aos nossos dias a suspensão de halogenetos de prata em gelatina tinha sido alterada de modo a conceber resultados superiores.

Várias pessoas contribuíram para a evolução técnica da fotografia quer no aspecto óptico quer no aspecto químico destacando-se também os irmãos Lumière que estão inteiramente ligados à história da fotografia mais concretamente ao processo das chapas (1882) ,à química e técnica de revelação (1892).

Em 1888 prosseguiu-se a fase da reprodução em série destas máquinas fantásticas foi feita por George Eastman nos Estados Unidos da América passando a ser uma máquina portátil, sendo esta, a primeira máquina ou câmara Kodak. Esta câmara era constituída por um filme ou por um rolo que poderia conter dezenas de fotos, quando terminado o filme, o dono teria que se dirigir à fábrica para revelar a película de modo a obter as suas fotografias.

A segunda grande revolução da fotografia de se tornar numa plena reprodução da realidade, quer seja, da forma bem como da sua cor original. Deste modo, criou-se uma máquina nova e nessa época sai nos jornais em 1900 uma reportagem com o seguinte acontecimento: “Dugardin faz inovações que podem levar a uma fotografia com coloração perfeita”.

Mas, o processo de fixar as cores foi descoberto por L. Hill em 1850 e um ano mais tarde Niépce de St. Victor obteve o registo das cores mas tornou-se impossível fixa-las. Simplesmente Frederick E. Ives em 1892 construiu um aparelho tendo como base os conceitos da adição de cores de James Clerk Maxwell. O novo método aplicado consistia em tirar três fotos que seriam sobrepostas e iluminadas com filtros sendo o Azul para a primeira, o verde para a segunda e por fim o vermelho. Estas três fotos mais tarde foram substituídas por uma só, em que, John Joly em 1893 inseriu partículas microscópicas em cada uma das cores fundamentais (Verde, azul e vermelho) e depois da revelação era inserido num filtro. Na mesma época surge na Alemanha a comercialização e criação da máquina fotográfica “Leica” de tamanho pequeno utilizando um filme de 35 mm.

Assim, nascem as primeiras fotos a cores que datam de 1830, contendo um aspecto cromático limitado porque as cores desvaneciam-se rapidamente.

Deste modo, em 1903 os irmãos Lumière Auguste e Louis aperfeiçoam este método concebendo uma teoria baseada na introdução do autocromo (Chapa) com o qual se obteria fotos coloridas com maior durabilidade. Os autocromos tinham que ser prensados através de um vidro (conhecido nos dias de hoje por contacto) os quais eram tratados com grãos de amido entre outros, e eram tingidos de vermelho, verde ou azul, produzindo deste modo, fotografias a cores. Mais tarde introduziu no mercado os filmes Alticolor e Filmocolor e só em 1932 é que surge também a Agfacolor e o Dufaycolor, todos estes baseados no método de Maxwell.

Em 1929 9 flash tornou-se uma patente dos alemães apesar de ser em 1931 inventado por um Engenheiro do Estados Unidos da América Harod e Edgerton.

O filme Kodachrome apareceu em 1935 e baseava-se no método subtractivo constituído por três emulsões sobrepostas, sendo a emulsão exterior sensível ao azul, a camada seguinte contêm um filtro amarelo que projectava radiações de verde e vermelho e a camada seguinte projectava apenas uma que era sensível ao verde e a outra ao vermelho.

O filme Kodacolor, que apareceu em 1941, cujo o princípio era semelhante ao do Kodachrome passou a permitir a obtenção do negativo possibilitando vantagens entre elas poderia-se reproduzir um número infinito de positivos.

A empresa Ploroid cria um processo- Poloroid-Laud- criada por Edwin H. Land em 1947 revolucionário nesta época que consiste na obtenção de uma foto em apenas 60 segundos, facto que se tornava mais rápida e colorida.

George Eastman criou após varias aperfeiçoamentos a película de rolo de celulóide a qual é cada vez mais substituída actualmente por chips as quais contêm grande capacidades de armazenamento de imagens/fotografia.

Ao longo da história da fotografia tentou-se sempre captar os factos históricos da humanidade destacando-se vários pioneiros em diferentes modalidades entre eles consta-se que em 1858 foi tirada a primeira fotografia aérea tirada a bordo de um balão sobre a cidade Parisiense tirada pelo francês Gaspard Felix Tournachon (1820-1910) e o Britânico Roger Fenton (1819-1869) destacando-se em fotografias de guerra mais propriamente da guerra da Criméia em 1855 para um jornal inglês.
..."
...Créditos Ana Monteiro
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