A Grafite por Ana Monteiro...


Por Ana Monteiro... 
"A Grafite aparece naturalmente em massas lamentares, colunas ou terrosas, de cor negra, brilho metálico, dureza e densidade baixa e têm um toque luminoso.
Foi um mineral descoberto em 1560, nas minas de Cumberlande, localidade Inglesa. É um carbono Natural quase Puro é o mesmo que plumbagina.

A grafite é muito mole, a sua densidade varia entre 1.9 a 2.3, é um bom condutor da electricidade e infusível ao maçarico. Emprega-se principalmente na fabricação de lápis e cadinhos, após a purificação, é utilizada nas pilhas atómicas como moderador.

Começaram a fabricar em França no princípio do presente século.
Há em Ceilão um dos principais jazigos de grafite, encontra-se também na Sibéria, na Boémia, em Madagáscar, em Portugal, etc…
Em Portugal existe em Castro Daire perto de Viseu .

Mas, a maior parte da que hoje utilizamos é de origem sintética feita com Pirólise de Hidro -Carbonetos e de alcatrões da hulha e de petróleo.

Para fazer um desenho é necessário um lápis, uma folha de papel e uma borracha, esta apaga os riscos elaborados pelo lápis. Os lápis representam o meio mais simples e imediato para desenhar, com o qual, nós podemos criar uma vasta gama de traços firmes ou delicados aplicando a nossa capacidade expressiva.

Os lápis constituídos por grafite em forma de vara encaixam-se em madeira de cedro, os quais, possuem diversos graus de dureza, desde dos mais duros até aos mais macios.
O grau de dureza está expresso de forma numérica e alfabética numa das faces do lápis. Os que vêm indicados com números são os normais e só existem até ao número 4. O número: 1 é equivalente ao 2b; 2 é equivalente ao HB; 3 é equivalente ao H ; 4 é equivalente ao 3H.

Os de grande qualidade estão indicados com letras e as gradações existentes são 19. Neste tipo de numeração, encontramos os lápis macios que nos permitem obter uma escala de diversos tons de cinzento. Os mais macios são representados por pretos muito intensos. Com estes, pode-se fazer esbatidos que vai desde o cinzento suave até ao preto total. Estes são assinalados com um “B” e são indicados para a execução de desenho artístico. (B, 2B,6B,8B,etc…)

Entre os macios e os duros temos os intermédios que são os HB e F.
Os duros, muito aconselhados para desenho técnico estão assinalados com um “H” (H, 2H,3H,4H,etc…).

A grafite usada em grande quantidade produz um brilho «prateado» ou «metálico».
Hoje, os fabricantes, oferecem diferentes graduações e qualidades nos seus próprios produtos. Por exemplo a tabela de graduação dos lápis da marca Koh-s-Noor.
Gradação Macia Gradação Média Desenho técnico Gradação Dura
Des. Artistico Uso Corrente H=3 6H
7B 2B=1 2H 7H
6B B 3H=4 8H
5B HB=2 4H 9H
4B F 5H

Como exemplo das principais marcas de lápis de qualidade superior temos as seguintes:

Alemanha, A.W., Faber
Alemanha, J.S.Staldler, Castell
Républica Checa, Koh-I-Noor, Carbonit
Suíça, Caran d`Ache, Negro
Inglaterra, Cumberland
França, Conté

Quanto mais mole é o lápis, mais grossa é a mina e vice-versa.

Outra opção de lápis será os lápis solúveis na água, que produz traços pretos bem marcados e também se pode dissolver em água para obter aguadas transparentes.

Para além do lápis, temos também os paus de grafite e as minas de grafite, estas devem ser utilizadas com Porta-Minas. Em ambas, podemos adquirir varios graus de dureza.
Os paus têm a vantagem de executar trabalhos de grandes escalas.

O lápis de grafite têm de ser afiado, algumas pessoas afiam com o x-acto. Quando o lápis já está pequeno vai dificultar a execução do trabalho.

Resumindo, a grafite permite trabalhos de uma grande precisão, embora o seu emprego se limite geralmente a formatos reduzidos. A versatilidade da grafite atinge formas lineares. Os sombreados são conseguidos com a ponta do lápis, prestando-se igualmente aos esfumados, tanto com os dedos, com o uso da lã ou com os tradicionais esfuminhos. Estes métodos, amplia as texturas obtendo-se um variadíssimo leque de opções técnicas.
..."
...Créditos Ana Monteiro
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